terça-feira, 25 de maio de 2010

De brechós e chapéus...


Se há um programa que eu adoro fazer é visitar brechós. Sou louca por eles. Garimpar coisas antigas que envolvem alguma história estimula meu gosto estético por tudo que não é fashion. Gosto de combinações irreverentes, chapéus, meias coloridas, coletes , gravatas, bolsas e sacolas. Não posso ter pressa quando entro nessas lojas. O prazer de descobrir é maior que o de comprar. Foi assim que iniciei a coleção de chapéus. É. Hoje em dia me considero uma colecionadora. Já passou dos quarenta. Sempre que viajo volto com meia dúzia. Ultimamente está difícil encontrar um modelo novo. Chapéu é uma fixação, tenho que admitir. Até uso de vez em quando mas sofro de uma "certa" compulsão por tê-los. Não sei de onde vem isso. A única lembrança que tenho é da minha infância. Uma vizinha alemã sempre usava chapéu quando estava em surto. Hoje em dia imagino que ela era bipolar e estava na fase maníaca. Na época as pessoas diziam que ela era maluca. E eu me encantava com o símbolo de liberdade do chapeú preto de Frau Maria pra cima e pra baixo. Ali eu via um canal de permissão e fascínio pela loucura. Enquanto as pessoas riam e faziam chacotas eu me encantava com o mistério que permeava aquela mulher. Ela e seu chapéu preto.

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